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Remoção de íons de ni²+ de efluentes a partir de biossurfactante extraído do creme de levedura da indústria cervejeira

Autoria Giovanna Teixeira Silva, Thiago Martins Rocha de Paiva, Vinícius Yoshio Ramos Okasaki
Orientação Gleiciane Oliveira de Morais
Coorientação Klauss ENGELMANN
Escola ETEC Irmã Agostina São Paulo
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Resumo

A contaminação de efluentes por metais pesados apresenta um crescente problema ambiental na atualidade, tendo em vista a demanda cada vez maior desses metais na indústria. Com isso, há um aumento dos seus descartes inapropriados em recursos hídricos, gerando impactos ambientais negativos. Entre esses compostos, o níquel se caracteriza como um dos principais metais pesados descartado. Uma das soluções para este problema é a remediação por microrganismos e por subprodutos a partir desses, como os biossurfactantes, que podem realizar a complexação de metais pesados com uma grande eficácia. Portanto, tendo em vista os impactos ambientais negativos gerados pelo níquel em efluentes e o resíduo da indústria cervejeira, onde pode ser obtido o biossurfactante, o trabalho propõe a utilização desse resíduo para retirada de Ni2+, por meio do biossurfactante intracelular extraído da superfície da Saccharomyces cerevisiae, também chamado de manoproteína. Para isso, foi induzido a autólise no creme de levedura, utilizando banho maria em agitação por 24 horas, a fim de extrair a manoproteína. Posteriormente, efetivaram-se testes de caracterização utilizando 0,1g do biossurfactante bruto, onde essas análises apresentaram resultados positivos para ambos os testes. Por fim, os ensaios de remoção de Ni2+ expressaram que o melhor resultado entre seis testes, foi de 1,892 mg de Ni2+ por grama de biossurfactante após 1 hora de contato, retirando assim 11,5% dos íons do metal da solução estoque.

Palavras-chave: Níquel, biossurfactantes, levedura